terça-feira, 7 de julho de 2009

Minha Infância

















Ah! Que lembrança!
Recordo aqueles tempos.
Criança, singela infância
Vida simples pelos campos.
Éramos seis tão indefesos
Brincávamos de uma só vez.

Tanta pureza existia,
Preenchia os dias longos,
As árvores e os pássaros
Nos seus ninhos gorjeavam
O gado, a terra e a luta,
Era aquela escassez.

Meus pais com humildade
Educava com sabedoria
Não precisava só de dinheiro
Mais de muita alegria
Todos seguiram seu caminho
Cada um com avidez.

O tempo foi passando,
Todos se separaram,
A vida ficou difícil
Precisando de um passo
Depois tudo mudou,
Uns venceram, outros ficaram.

Hoje ainda me recordo
Daquele sítio pacato,
Com o nome de Brejinho
Terra de muito pasto,
Papai mexendo o queijo
Fogo ardente no taxo.

Marizete Oséas Figueirêdo

4 comentários:

Unknown disse...

Menina que poesia linda,como é bom poder voltar ao passado...Mais graças a DEUS sua família é exemplo de honestidade.Obrigada pelo comentário no blog do meu filho,é um trabalho da escola.Bjos!

Marizete Figueirêdo disse...

OK jovem, obrigada. Tenho esse lado e pretendo ainda lançar um livro, no momento só estou escrevendo e arquivando. Meus sentimentos pela viagem eterna de seu primo. É isso, só nos resta essa certeza, o resto são consequências. Abraço!

Euclides Moreira Neto disse...

Alguém já disse que "os olhos são as janelas da alma", mas o que se escreve, há de ser o retrato dela. Prezada poetiza Marizete, você tem a alma sonhadora de uma menina sertenaja, mas que cumpre compromissos de embaixatriz na diplomacia da educação e o espelho que a orienta é o ilustre pernambucano Paulo Freire. O mundo é carente de sinceridade, mas pode abastar-se num oasis como este que acabei de ler. (Euclies)

Marizete Figueirêdo disse...

Obrigado Seu Euclides! Gostei muito da homenagem, estou honrada por tanta formalidade e principalmente vindo de um mestre sábio Epanhol que sabe interpretar e discernir as formas linguísticas. Abraços... São apenas inspirações reais.