
Ah! Que lembrança!
Recordo aqueles tempos.
Criança, singela infância
Vida simples pelos campos.
Éramos seis tão indefesos
Brincávamos de uma só vez.
Tanta pureza existia,
Preenchia os dias longos,
As árvores e os pássaros
Nos seus ninhos gorjeavam
O gado, a terra e a luta,
Era aquela escassez.
Meus pais com humildade
Educava com sabedoria
Não precisava só de dinheiro
Mais de muita alegria
Todos seguiram seu caminho
Cada um com avidez.
O tempo foi passando,
Todos se separaram,
A vida ficou difícil
Precisando de um passo
Depois tudo mudou,
Uns venceram, outros ficaram.
Hoje ainda me recordo
Daquele sítio pacato,
Com o nome de Brejinho
Terra de muito pasto,
Papai mexendo o queijo
Fogo ardente no taxo.
Marizete Oséas Figueirêdo
4 comentários:
Menina que poesia linda,como é bom poder voltar ao passado...Mais graças a DEUS sua família é exemplo de honestidade.Obrigada pelo comentário no blog do meu filho,é um trabalho da escola.Bjos!
OK jovem, obrigada. Tenho esse lado e pretendo ainda lançar um livro, no momento só estou escrevendo e arquivando. Meus sentimentos pela viagem eterna de seu primo. É isso, só nos resta essa certeza, o resto são consequências. Abraço!
Alguém já disse que "os olhos são as janelas da alma", mas o que se escreve, há de ser o retrato dela. Prezada poetiza Marizete, você tem a alma sonhadora de uma menina sertenaja, mas que cumpre compromissos de embaixatriz na diplomacia da educação e o espelho que a orienta é o ilustre pernambucano Paulo Freire. O mundo é carente de sinceridade, mas pode abastar-se num oasis como este que acabei de ler. (Euclies)
Obrigado Seu Euclides! Gostei muito da homenagem, estou honrada por tanta formalidade e principalmente vindo de um mestre sábio Epanhol que sabe interpretar e discernir as formas linguísticas. Abraços... São apenas inspirações reais.
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